segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal Pagão e Papai Noel Bispo

Você conhece a origem do Natal? E do Papai Noel? Saiba o que originou a maior comemoração cristã da atualidade.


Para a maioria dos brasileiros o Natal representa o nascimento de Jesus, união, paz e etc. Para outros é um período interessante do ano apenas pela comoção familiar, pois muita gente fica de férias e a reunião com a família é praticamente uma garantia. Cada um comemora, ou não, ao seu modo. A esquisitice está nas razões ou conseqüências dessa comemoração. O Natal, que é tido como uma festa cristã, na verdade é uma versão de uma festa pagã, ou seja, um plágio como tantos outros onde a cultura cristã toma posse das ideias de outro povo e guarda pra si a vanguarda das ações que realiza.

A humanidade comemora esta data antes do nascimento de Jesus anunciado pelo cristianismo, na antiga Babilônia de Ninrode, bisneto de Noé. Ninrode seria o responsável pela construção da Torre de Babel e criador da instituição de ajuntamentos (cidades) e de um sistema econômico que tinha como características fundamentais a competição e o lucro. Casou com Semíramis, sua própria mãe, que depois da morte do filho propagou uma doutrina de sobrevivência de Ninrode como uma entidade espiritual. Segundo ela, um grande pinheiro havia crescido da noite para o dia, de um pedaço de árvore morta, simbolizando o despertar de Ninrode para uma nova vida. Afirmava ainda que Ninrode visitava essa árvore no dia de seu aniversário, 25 de Dezembro, e deixava presentes nela. Isso explica o uso do pinheiro como árvore de natal.


Utilizando-se dessa estratégia Semíramis tornou-se, juntamente com seu filho, em figura de adoração, onde Ninrode chegou a ser considerado o messias filho do Rei-Sol, Baal. Esse sistema babilônico foi perpetuando-se em diversas culturas e países com o passar dos tempos. Lugares como Egito, Roma Pagã, China, Japão e Tibete possuem representações para essa adoração bem anteriores ao nascimento de cristo. Mesmo com a adoção do cristianismo como religião principal do império romano, algumas características pagãs muito populares na sociedade romana acabaram persistindo. Desse modo, a tradição do Natal chegou até os costumes de nossa sociedade. Segundo as tradições cristãs, Jesus Cristo nasceu no 7º mês do calendário judaico, isso corresponde aproximadamente ao mês de setembro do calendário cristão. Como não se sabia a data exata, as autoridades religiosas cristãs resolveram adotar o mesmo período das comemorações pagãs ao Deus-Sol, com o objetivo de “cristianizar” essa comemoração. Assim, arranjaram algo para fazer frente às comemorações do solstício de inverno colocando uma celebração cristã (nascimento de Cristo) na mesma época do nascimento de Mitra, o deus persa.

Já o nome Papai Noel é uma referência ao Bispo Nicolau de Mira, que viveu no século V. Segundo a Enciclopédia Britânica ele oferecia dádivas as escondidas às três filhas de um pobre cidadão. Séculos após sua morte o bispo foi canonizado pela igreja católica e virou São Nicolau. Esse hábito incorporou-se ao natal com a figura de Papai Noel, como fazia Saint Klaus oferecendo presentes as escondidas junto as árvores de natal. Como a troca de presentes movimenta bastante o comércio varejista nos dias atuais, é um excelente estímulo ao consumismo desenfreado de nossa sociedade.




Esses fatos não desqualificam as celebrações feitas pelas pessoas em várias partes do mundo, mas destaca a forma leiga como muitos o fazem.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Falta de Educação no Brasil

Para a sociedade brasileira tomar posse de seu destino precisa apropriar-se do conhecimento que apenas uma boa formação intelectual lhe proporciona. Mas, quem está interessado nisso?


A educação em nosso país é conduzida para roteiros cada vez mais delicados. Em pesquisa recente foi apontado que, das crianças que estudam até o 5º ano, apenas 11% aprendem o que vêem nas aulas de Matemática, e quando consideramos apenas escolas públicas, o número despenca para 5,8%. Os índices são alarmantes também quando o foco é Língua Portuguesa. Os números são trágicos e levam instantaneamente a pergunta: Se não estão aprendendo, porque estão sendo promovidas? É claro que a solução não é reprovar tantas crianças, mas se a aprovação não reflete em aprendizagem, então tem algo de contraditório nisso tudo. Vários professores são rigorosamente criticados pelas reprovações que assinala, ainda que sejam 3 alunos de uma turma de 40, enquanto as aprovações em massa jamais são questionadas. O objetivo é aprovar inexplicavelmente mesmo, para engordar as estatísticas e criminosamente moldar essa máscara que é a educação brasileira.






O sistema educacional é omisso, perseguidor, irresponsável e mentiroso. No âmbito nacional, essa afirmação pode parecer extremista, mas não para quem está nos bastidores de uma escola municipal ou estadual e conhece as teias de aranha que permeiam a educação dos jovens brasileiros. Atitudes arcaicas ainda são utilizadas maquiadas por ideias desvirtuadas de uma educação emancipadora e pela cultura de que “o professor de Matemática é um eterno sádico que se delicia com autos índices de reprovação”. Os nomes de Paulo Freire, Vygotsky, Machado são usados de forma profana e tudo acontece com a conivência de pais, professores coordenadores, secretários e os mais altos escalões das autoridades educacionais. Estamos vendo, por exemplo, há bastante tempo a demagogia de que o ENEM agora avalia o real conhecimento dos estudantes. Mas será que as escolas proporcionam aos seus alunos obter esse real conhecimento? As autoridades políticas destinam às escolas recursos suficientes para que estas possam realizar um trabalho adequado? Mudam o sistema de avaliação, mas já se falou em mudar também a estrutura da educação do país? A resposta para todos esses questionamentos é fácil: NÃO! Por que a má remuneração de professores, os recursos materiais/metodológicos precários têm como objetivos manter essa realidade nociva ao desenvolvimento da real democracia e a sociedade amordaçada pela ignorância. Professores precisam estudar muito, passar em concursos abarrotados de concorrentes, dependendo de todo esforço que puderem dedicar pra conseguir um trabalho mesquinho e cansativo; esse é um dos desejos das classes administradoras e opressoras dessa nação, cansar a todos para que não possam atribuir a seus compatriotas uma mentalidade independente de manipulações e mentiras, pois o único concurso que político realiza sem precisar estudar muito é uma eleição, e se o trabalho do professor funciona o “vestibular” deles fica mais difícil e acaba exigindo qualificações que não podem comprovar na “prova de títulos”.


As Condições de Trabalho do Professor


Aliado a isso temos uma família que não acompanha ou sequer faz seu papel de transmitir à criança a chamada “educação de berço”. Ao contrário, muitos tentam desqualificar o trabalho das escolas criticando profissionais e cobrando da escola o trabalho que deixam de fazer. Os meios de comunicação por sua vez, desenvolvem apenas o supérfluo e o consumismo desenfreado, estimulando qualquer classe social (inclusive aqueles que não podem consumir) a comprar um telefone, uma tv nova ainda que a sua esteja atendendo as suas necessidades. O pensamento fácil, a música barata que toca nas rádios e muda de destaque a cada semana aliados a programas televisivos de entretenimento fútil servem para apertar o cabresto de uma sociedade que já possui sua grande cota de estúpidos, relaxados e preguiçosos.



A "Evolução" da Educação Brasileira



Respeito a colegas, pais, professores não são mais virtudes de nosso povo. Os trabalhadores da educação que licenciam já são a 3ª classe em nível de estresse profissional. A violência, o desrespeito, a incompreensão são constantes na rotina desse trabalho, que conta com pouco reconhecimento social, raro apoio do poder público e alguma valorização dos alunos, que fortalece cada professor a permanecer nessa empreitada de dar um mínimo de formação intelectual a um povo que sonega impostos, quando possui muitos bens, ou que quer sobreviver às custas de quem paga, quando não possui nada (mas procriando feito coelhos). Alguns jovens, homens e mulheres descentes revivem no coração dos educadores a expectativa de que suas forças poderão danificar esses grilhões, e como a educação é uma das poucos setores da sociedade que tem acesso a praticamente todos os seus integrantes, os trabalhadores da educação podem, precisam e devem usar de todo o esforço pra arranhar o quadro imundo que expõem do trabalho que realizam, quase sempre empenhando o próprio lazer, os momentos com a família e amigos, e sorrindo quando se percebe está fazendo um superficial efeito.